Fiscais do Ipem serão aperfeiçoados para vistoriar fraudes em postos de gasolina.

 

 
O Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Rio de Janeiro (Ipem/RJ) informou nesta segunda-feira que vai criar um setor de Perícia Técnica, formado por fiscais que atuam na área de Metrologia Legal do órgão, a partir da segunda quinzena de janeiro. O objetivo é facilitar a identificação de possíveis fraudes, principalmente, nas bombas de combustíveis. Segundo a presidente do Ipem, Soraya Santos, o órgão vem preparando sua equipe há um ano e meio para ações em conjunto com demais órgãos de defesa do consumidor, que também começarão a ser colocadas em prática.
 
- No ano passado o método utilizado para lesar o consumidor na hora do abastecimento, era uma caixa preta que ficava dentro da bomba de combustível e era acionada por controle remoto. Ela somente era detectada quando a bomba era totalmente desmontada. Porém, logo após sua descoberta, os fraudadores mudaram de tecnologia. Esse método era utilizado por uma oficina do Paraná que atuava aqui na cidade, fato comunicado ao Inmetro - explicou Soraya.
 

Postos de gasolina são flagrados furtando combustível no Rio

 
No domingo, o Fantástico, da TV Globo, mostrou que um sofisticado equipamento instalado em bombas de combustível vem enganando consumidores do Rio. A reportagem, que também passou por São Paulo e Curitiba, encontrou na cidade o pior caso: em um posto, não identificado pelo programa, o furto chegou a 12% do tanque de um carro popular - de um total de 50 litros de gasolina, seis não são fornecidos ao veículo. Um laboratório testou a quantidade e a qualidade do combustível de 11 postos do Rio, e em todos foram detectados problemas.
 
Para revelar a fraude, o Fantástico usou um tanque especial, transparente, na mala de um carro. Sem conhecimento do frentista, a gasolina usada para abastecer o veículo ia para este tanque, de 20 litros, aferido pelo Inmetro. O reservatório era, então, levado para o laboratório, que então media a quantidade em um outro recipiente, também dentro dos padrões do instituto. O máximo de erro permitido em lei é de cem mililitros para cima ou para baixo. Mas, no posto do Rio onde foi feito o maior flagrante, de 20 litros marcados na bomba, 2.410 não chegaram ao veículo da reportagem.
 
Em outro posto da cidade, de acordo com a reportagem, 2.310 mililitros de 20 litros foram furtados. Um repórter, já se identificando como da TV Globo, depois retornou aos dois locais e pediu que fosse feita e medição usando o recipiente do laboratório. Como a fraude é armada e desarmada por controle remoto, nas duas situações ela não voltou a ser detectada.
 
Placa diminui a pressão da bomba de combustível
 
O Fantástico mostrou que uma placa instalada dentro das bombas diminui a pressão do combustível, dando uma diferença na quantidade fornecida e a registrada pelo marcador do equipamento. A fraude é acionada por controle remoto, semelhante ao usado em sistemas de garagem.

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